O
falcão dá o sinal para Yokaze, os inimigos estão por perto. Yokaze corre para
um lugar mais alto e vê um grupo de aproximadamente sete soldados montados
prestes a passar exatamente onde Kurome e Hayane estavam.
Kurome
também percebeu que os soldados estavam próximos. O grupo que passava por
aquele caminho tinha acabado de passar por Kurome e Hayane. Se o grupo
demorasse um pouco mais teriam sido atacados pelos soldados. Kurome e Hayane
foram para trás de uma velha cabana que ficava de frente para a estrada.
- Está
na hora Hayane, faça de acordo com o planejado – diz Kurome.
Yokaze
tinha uma visão muito boa de onde ele estava, porém não conseguia ver o grupo
que estava com Shirou. Então, temendo que Shirou e seu grupo poderiam estar
sendo perseguidos, enviou seu falcão em direção à estrada para avisá-los do
perigo.
Os
soldados do Shogun estavam a cavalo quando de repente ouvem algumas vozes
vindas de dentro de uma velha cabana logo à frente deles. Parecem ser pessoas
lutando.
- Aaaah!
Maldito, traidor! Temiha Kurome, você merece a morte – fala alguém de dentro da
cabana.
- Não
pense que conseguirá sair daqui! Ninguém escapa do grande Shogun – fala outra
voz de dentro da cabana.
Quando
os soldados ouvem o nome Kurome, rapidamente descem de seus cavalos e cercam a
entrada da velha cabana.
-
Saiam todos daí – diz um dos soldados.
- Não!
Não deixe Temiha sair daqui de dentro, ele irá fugir usando um de seus truques
– fala uma das vozes de dentro da cabana.
Os
soldados fora da cabana ouvem os sons da batalha, cada vez mais intensa, e
depois de alguns segundos, um silencio absoluto. Os soldados estavam confusos e
temendo a fuga de Kurome todos eles entram na cabana com suas espadas em mãos.
Um soldado levanta uma tocha tentando iluminar alguma coisa à sua frente, logo
percebem que havia alguma coisa acima deles, Hayane estava suspensa no teto da
cabana, jogou varias bo-shirukens mirando as pernas dos soldados. Kurome
aparece da escuridão e ataca dois dos soldados distraídos. Hayane chega ao chão
e da um salto rasteiro muito rápido para fora da cabana.
- Está
fugindo! – Gritou um dos soldados.
Então,
quando dois soldados tentam perseguir a fugitiva uma lâmina vem em direção a eles, a lâmina é bloqueada pelas espadas dos dois soldados.
-
Temiha Kurome está aqui – diz Kurome mostrando sua face pouco iluminada pelo
fogo da tocha.
Hayane
corre em direção ao grupo de pessoas que haviam passado por eles minutos atrás.
- Eu
sei que isso tudo estava planejado, mas não consigo controlar a vontade de
voltar e ajudar o Kurome-dono. Não... Tenho que achar o grupo e protegê-los –
pensa Hayane.
Enquanto
isso, Yokaze olha para o mar e percebe que a neblina que havia visto antes
começa a diminuir e então vê a proa de uma grande embarcação atravessar a
neblina.
- Kurome-dono,
nossos aliados chegaram – diz Yokaze.
Yokaze
parece aliviado ao ver a embarcação chegar, então volta a olhar os caminhos por
onde os grupos passaram, e vê ao longe cerca de quarenta soldados montados,
indo velozmente em direção à praia pela estrada. Os dois grupos já estão muito
próximos de chegar à praia então Yokaze desce em direção ao mar para render os
guardas que ficam entre a saída da floresta e a praia. O gavião de Yokaze teve
sucesso em avisar o grupo que estava com Shirou, eles haviam acabado de chegar
à praia.
Na
velha cabana onde estava Kurome novamente não havia sons de lutas ou conversas,
apenas os ruídos da noite, como se nenhum humano estivesse ali. Kurome estava
fora da cabana escorado em uma grande árvore, totalmente imóvel. Tinha alguns
cortes na roupa e pouco sangue seu, o rosto de Kurome transmitia apenas cansaço
e dor.
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- Vovó
Emi, ele derrotou todos os soldados? – Pergunta Aisa
- Sim,
Aisa. Ele era muito forte, ganhou de sete soldados – diz a avó de Aisa.
O
pai de Aisa estava ouvindo a história desde o início. Ele havia pedido para que
sua mãe Emi tivesse cuidado para não falar muito, pois Aisa ainda era pequena
para saber sobre alguns assuntos e verdades.
- Meu
pai não deixou ninguém vivo naquela velha cabana. Poucas pessoas sabem o
segredo que ele guardava. Sua maldição. Meu pai não podia tirar vidas humanas.
Cada vez que ele tirava uma vida a sua própria era diminuída. Manchas escuras saíam
do lado esquerdo de seu peito, se espalhando pelo resto do corpo. Mesmo assim
ele tirou a vida daqueles soldados naquela noite – pensa o Pai de Aisa.
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Kurome
usou seu doujutsu, forçando aos inimigos a terem dificuldade de se mover e
causando uma grande pressão mental. Sua técnica era muito poderosa, porém exigia
muito de seu corpo e por isso ele teria que "derrubar" seus inimigos rapidamente.
A
consciência de Kurome estava se perdendo. Enquanto escorado na árvore foi
caindo lentamente. Ele iria com o rosto ao chão, mas uma Shinobi apareceu, o
segurou e colocou a mão em seu rosto.
- Eu
estou aqui Kurome-sama. Vim para te ajudar a cumprir sua promessa comigo e com
todos que confiam em você – diz ...
Autor: Keishiru
Editor: Fê
Supervisão: Kayo
Arte: Takehiko ; Eiji
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